Curso sobre Justiça Restaurativa é realizado para profissionais da educação de Marechal Cândido Rondon

O curso de JR foi promovido pelo IMM e custeado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança

13/07/2023

Curso sobre Justiça Restaurativa é realizado para profissionais da educação de Marechal Cândido Rondon

O Instituto Mundo Melhor e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança promoveram, entre os dias 12 e 16 de junho, um curso presencial de Justiça Restaurativa voltado aos profissionais da educação do município de Marechal Cândido Rondon, no Paraná. A capacitação teve como objetivo principal a formação de profissionais da educação de diversas escolas locais e foi sediada na Escola Marechal Cândido Rondon, contando também com a participação de diretores e membros da equipe.

Durante os cinco dias de imersão no curso, os participantes, incluindo professores, profissionais da educação e assistentes sociais, tiveram a oportunidade de compreender e vivenciar a Justiça Restaurativa, com ênfase nos círculos de construção de paz. O programa abordou a prevenção de conflitos e o trabalho com círculos de forma preventiva, estabelecendo vínculos tanto no ambiente de trabalho quanto com os alunos.

O juiz da Vara da Infância e Família, Renato Cigerza, responsável pela articulação inicial para realização do curso no município rondonense, explica que a ideia de capacitar a rede de educação para trabalhar com Justiça Restaurativa, seja na resolução dos conflitos pré-processuais ou mesmo para não gerar a formação de um processo, surgiu porque o ambiente escolar é um local permeado de conflitos, portanto propiciar meios para que a escola possa gerenciar esses conflitos de forma positiva é, sem dúvidas, garantir o direito constitucional a educação das crianças e adolescentes.

“A proposta surgiu a partir de um curso de sensibilização em Justiça Restaurativa promovido pelo IMM. A ideia foi bem recebida e apoiada pela comarca, possibilitando assim o custeamento da formação de facilitadores para implementar técnicas de Justiça Restaurativa nas escolas”, conta. Segundo o juiz, eles estão otimistas com os resultados que irão colher, pois acreditam que irão proporcionar aos educadores formas de gerenciar os conflitos ocorridos nas instituições, com isso proporcionar as crianças e adolescentes maiores possibilidades de serem mantidas no ambiente escolar, evitando a evasão ou mesmo outros tipos de conflitos e violação de direitos.

Além disso, foram dedicados dias separados para discutir situações conflituosas, explorando como o círculo de construção de paz pode ser utilizado para a resolução desses conflitos através do diálogo. Foi destacado que os conflitos dentro do ambiente escolar são tratados principalmente de maneira preventiva, mas caso já tenham ocorrido, é importante que todos os envolvidos - escola, alunos, pais e comunidade - participem do processo de resolução e responsabilização.

“A semana de trabalho foi intensa e exigiu grande dedicação dos profissionais, que puderam compreender a metodologia como uma ferramenta implementável nas escolas. Foi ressaltada também a importância de um acompanhamento contínuo após o curso, para que as ações tenham desdobramentos efetivos nas escolas”, explica a pedagoga do IMM, Érica Lemes.

A partir de agora, inicia outra etapa do projeto de facilitadores, em que os participantes terão um ano de estágio supervisionado, onde poderão aplicar os círculos de construção de paz em diversos contextos, tanto escolares quanto outros ambientes do cotidiano.